
Nada melhor para a criança, mais gratificante para a família e mais seguro para a sociedade do que o desenvolvimento harmônico da personalidade, desde os primeiros anos de vida. O aconchego do lar e o amparo da sociedade são fatores que contribuem, preponderantemente, para uma boa qualidade de vida da criança, no início e durante todo o processo de seu desenvolvimento físico, psicológico e espiritual. De imediato, quem faz a melhor leitura a respeito da qualidade de vida da criança, com certeza, é sua família, independentemente do nível de sua formação intelectual; de fato, encontramos famílias que educam seus filhos de forma esmerada, mesmo tendo limitados conhecimentos intelectuais; no entanto, a falta de conhecimentos elementares a respeito do tratamento adequado à criança tem implicações muito negativas no seu desenvolvimento, como testemunham animadores da Pastoral da Criança e agentes da Saúde Pública.
A esperança é uma qualidade inerente ao mundo das crianças porque nelas o presente carrega consigo o futuro, mais próximo ou mais distante, em elementos importantes em sua vida, como crescimento, formação, direitos. As crianças têm o horizonte diante de si. Todavia, este horizonte se apresenta de uma maneira muito alvissareira para umas crianças e profundamente cruel para outras, de conformidade com as condições de vida na família e no grupo social de pertença. A segurança começa dentro do próprio lar, ao proporcionar-lhe condições favoráveis de vida; a insegurança, a que muitas são submetidas, ao nascer, em razão das precárias condições de vida familiar, revelar-se-á, negativamente, de muitas maneiras. Sabemos que a natureza dotou as crianças de grande potencialidade para enfrentar o dia a dia, porém nelas é muito visível a sua fragilidade.
A família, a sociedade e os governantes têm papéis comuns e próprios, em relação às crianças e seus direitos, na linha da humanização, da socialização, da assistência social. Há conquistas relevantes nessa direção, a exemplo da educação básica oferecida pelo Poder Público, com o crescimento da matrícula, merenda e transporte escolar para a população mais carente. Porém, a não universalização da educação básica tem graves conseqüências sociais no campo e na cidade, haja vista o inaceitável quadro do trabalho infantil e o retrato exposto dos “meninos e meninas de rua”.
Infelizmente, há reflexos muito negativos na vida das crianças em decorrência da desagregação familiar e da ineficácia de políticas públicas em aspectos essenciais da cidadania. Porventura, pode alguém permanecer insensível perante o mundo das crianças?
Dom Genival Saraiva
Bispo de Palmares - PE
Um comentário:
Comentário que respondi ao seu no meu blog.
Oi Raquel, que bom que passou aqui de novo.
Sabia que fiz esta postagem motivado pelo seu incentivo.
Devo voltar a postar sem compromisso de tempo, e sim quando me sentir motivado.
Deus lhe abençoe e te guarde.
Marcos
http://diversaosadia.blogspot.com/
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